Babel é a vontade de falar. É a pressa e ansiedade, que impedem de ouvir. Babel é buscar subir, ascender, melhorar, evoluir. Babel é ser poderoso, é querer dominar o mundo e os outros. E é querer poder mais. Babel é buscar se encontrar com Deus, ou pelo menos ir até lá, para ver se Ele existe. Ou ir até lá, e gritar na orelha d’Ele que Ele não existe. Babel é tentar ser tão perfeito quanto Deus. E é subir sobre os outros, ou dar apoio para que eles subam. Babel é tentar se comunicar com um Deus. Babel é vertical.
Mas Babel poderia ser se encontrar com Deus, poderia ser voar, poderia ser a imensa curiosidade que alimenta e causa e possibilita evolução. Babel é evoluir, apesar de Deus. E apesar dos homens.
Babel foi criada pelo homem, e é sempre criada pelo homem. Assim como sua destruição. Babel é o retrato da solidão, e da obsessão criadora e transformadora.
Babel usa técnicas circenses, textos teatrais e movimento para explorar aspectos não lineares do surgimento da civilização e da sua evolução, e os conflitos resultantes. É um espetáculo de imagens e sensações, ao qual o espectador é convidado para desfrutar e fazer suas próprias conexões.
"... A poesia de Babel é intensa e contagiante, e o espetáculo deve ser visto." (Alberto Guzik - Estado de São Paulo)
Ficha Técnica
Concepção e Direção | Rodrigo Matheus | Elenco | Bruno Rudolf Célia Borges Mariana Duarte Ricardo Rodrigues | Roteiro | Rodrigo Matheus, com textos inspirados livremente nos trabalhos de Georg Büchner, Harold Pinter e Rodrigo Matheus. | Cenografia | Luciana Bueno | Figurinos | Olintho Malaquias | Iluminação | Wagner Freire | Criação Musical | Thiago Cury e Marcus Siqueira | Costureira | Judith de Lima | Direção de Produção | Anette Lomaski | Realização | Circo Mínimo e Cultura Inglesa – SP |
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